sábado, 19 de maio de 2007

Bento XVI critica capitalismo e marxismo

Papa Bento XVI critica capitalismo e marxismo e censura governos autoritários.

2007/05/13 23:32


O Papa Bento XVI criticou hoje o capitalismo, o marxismo e os governos autoritários, no discurso mais político de sua visita ao Brasil, proferido durante abertura da V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e das Caraíbas.
«Tanto o capitalismo como o marxismo prometeram encontrar o caminho para a criação de estruturas justas e afirmaram que estas, uma vez estabelecidas, funcionariam por si mesmas. E essa promessa ideológica demonstrou-se falsa», destacou o Papa, citado pela Lusa, no discurso proferido em português e espanhol.
«O sistema marxista não só deixou uma triste herança de destruições económicas e ecológicas, mas também uma dolorosa destruição do espírito. E o mesmo vemos no Ocidente, onde cresce constantemente a distância entre pobres e ricos e se produz uma inquietante degradação da dignidade humana com a droga, o álcool e as subtis miragens de felicidade», acrescentou.
Bento XVI destacou que na América Latina e Caraíbas «ainda há motivos de preocupação ante formas autoritárias de governos ou sujeitas a certas ideologias que se acreditavam superadas e que não correspondem à visão cristã do homem e da sociedade», numa alusão aos governos da Venezuela e Bolívia.
«Opção preferencial pelos pobres»
Por outro lado, a economia liberal de alguns países latino-americanos, na visão do Papa, está a aumentar o número de pobres e excluídos.
«Quem exclui a Deus de seu horizonte falsifica o conceito de realidade e, em consequência, só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas», sublinhou Bento XVI, ao criticar as duas ideologias.
Segundo o Sumo Pontífice, «a Igreja é advogada da justiça e dos pobres», precisamente por não se identificar com os políticos nem com interesses partidários.
«A opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristã», disse.
Bento XVI referiu-se também à globalização que, segundo a sua avaliação, embora seja um êxito em certos aspectos e um «sinal da profunda aspiração da unidade», apresenta os riscos dos grandes monopólios e da conversão do lucro em valor supremo.
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Notícia do Portugaldiario.iol.pt:
http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=808445&div_id=291

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